HCB e IFC projectam central solar de 400MW em Tete

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A Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB) e a International Finance Corporation (IFC), assinaram um acordo de cooperação para o desenvolvimento de uma central de geração fotovoltaica em grande escala, em Moçambique, o que irá contribuir para o fornecimento de energia renovável no país.

Segundo um comunicado citado pelo mznews, no âmbito do acordo, a HCB e a IFC realizarão um estudo de pré-viabilidade para desenvolver uma central de geração solar fotovoltaica de até 400MW, em Matambo, Distrito de Changara, Província de Tete, na região central do país.

A primeira fase do projecto centrar-se-á na definição das principais características da central, incluindo a capacidade projectada e o desenho conceptual, e na avaliação dos critérios ambientais e sociais.

“Este acordo representa a concretização da estratégia da HCB de diversificação e expansão da sua capacidade de geração, além de minimizar o impacto da redução da produção durante a reabilitação e modernização da Central Sul da HCB. Adicionalmente, planeamos incrementar a capacidade de geração da HCB para cerca de 4.000 MW, até 2032. Esta meta é proveniente da capacidade instalada actual, da futura Central Norte, da Central Fotovoltaica e de outros projectos de energias renováveis que se encontram em fase de estudo de viabilidade”, disse Tomás Matola, Presidente do Conselho de Administração da HCB citado no comunicado.

“O aumento do acesso à energia fiável e acessível é fundamental para o crescimento económico e desenvolvimento contínuo de Moçambique”, disse Kátia Daude, Directora Nacional Interina da IFC para Moçambique.

“O acesso à energia impulsiona o crescimento inclusivo, cria empregos e apoia a actividade económica. A parceria da IFC com a HCB ajudará Moçambique a aumentar o seu fornecimento de energia e a posicionar ainda mais o país como um fornecedor regional de energia”.

De acordo com a nota de imprensam, a central solar fotovoltaica projectada contribuirá para o compromisso assumido pelo Governo de Moçambique, na COP26, de gerar 62% de energia do país a partir de fontes renováveis, até 2030. Através da exportação de energia contribuirá para a satisfação da crescente procura de electricidade em Moçambique e em alguns países da região da África Austral.

Apesar dos recursos energéticos significativos de Moçambique, a indústria de energia eléctrica do país enfrenta desafios, incluindo investimento inadequado, baixa densidade populacional e acessibilidade limitada. O acesso à electricidade no país é actualmente inferior a 40%.