Banco de Moçambique reduz taxa de juro de 13,5% para 12,75%

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O Comité de Política Monetária (CPMO) do Banco de Moçambique anunciou, hoje, nova descida da taxa de juro de política monetária, designada por MIMO, de 13,5, em vigor desde final de Setembro, para 12,75 por cento.

“Esta decisão é sustentada pela contínua consolidação das perspectivas da inflação em um dígito, no médio prazo, não obstante as incertezas quanto à duração da tensão pós-eleitoral e o seu impacto sobre os preços de bens e serviços”, justificou, em comunicado, o Banco de Moçambique, após a reunião do CPMO, que se realiza a cada dois meses.

A taxa de juro directora estava fixada em 17,25 por cento desde Setembro de 2022, após a intervenção do banco central, que depois iniciou cortes consecutivos de 31 de Janeiro, quando reduziu para 16,5 por cento. Em 27 de Março cortou para 15,75 por cento, em 27 de Maio para 15, em 31 de Julho para 14,25 e em 30 de Setembro para 13,5 por cento.

A próxima reunião do Comité está agendada para 27 de Janeiro. No mesmo comunicado, o banco central explica que “as perspectivas da inflacção mantêm-se em um dígito, no médio prazo”, o que reflecte, “essencialmente, a estabilidade do metical e o impacto das medidas tomadas pelo CPMO”.

Perspectiva ainda, no médio prazo, “um crescimento económico moderado”, recordando que no terceiro trimestre de 2024, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), excluindo o gás natural liquefeito (GNL), situou-se em 2,8, após 3,6 por cento no trimestre anterior.

“E antevê-se que se mantenha modesto até finais de 2024. Quando incluído o GNL, o PIB cresceu 3,7, após 4,5 no trimestre anterior. Apesar da prevalência de incertezas quanto aos impactos da tensão pós-eleitoral e dos choques climáticos na produção agrícola e nas infraestruturas diversas, prevê-se, no médio prazo, que a atividade económica cresça de forma moderada”, lê-se no comunicado.

Refere igualmente que esta sessão do CPMO foi precedida da reunião do Comité de Estabilidade e Inclusão Financeira do Banco de Moçambique, “que fez uma avaliação do risco sistémico e principais vulnerabilidades”, tendo concluído “que o sistema financeiro nacional continua sólido e resiliente”.