Moçambique perde anualmente 200 milhões de dólares devido a exploração ilegal de madeira

766

- Publicidades -

A exploração ilegal de madeira em Moçambique tem lesado o Estado em cerca de 200 milhões de dólares por ano, “valor significativo” para o desenvolvimento do país, anunciou nesta segunda-feira, 21 de Março, o Ministério do Ambiente.
De acordo com a Lusa, a verba serviria por exemplo, para renovar as infra-estruturas destruídas por ciclones ou renovar por quase dois anos o apoio militar externo ao combate ao terrorismo no norte do país.
Os números de evasão fiscal foram divulgados pelo Governo moçambicano a propósito do Dia Mundial da Floresta, que ontem se assinalou, e após casos mediáticos de intercepção de carga destinada a contrabando.
Em 2021, as autoridades moçambicanas recuperaram 76 contentores de madeira exportada ilegalmente para a China.
No ano anterior, as autoridades apreenderam quase 2 000 toros de madeira só na província de Tete, no centro do país, oriundos de exploração ilegal.
“O país tem vindo a implementar medidas que visam garantir o uso sustentável do património florestal, através do combate de tráfico, redução do desmatamento e da degradação florestal”, destaca o mesmo comunicado.
Revisões do quadro legal, implementação de um sistema de gestão florestal, avaliação das autoridades locais e operadores, são medidas indicadas pelo Governo, a par da promoção do plantio.
Em Moçambique, as florestas ocupam 32 milhões de hectares correspondentes a cerca de 40% da área total do país, dos quais 17,2 milhões de hectares com potencial para a produção de madeira.
O sector florestal emprega 14 mil pessoas e conta com mil operadores dos quais um quinto em regime de concessão e os restantes em regime de licença simples.