A consultora Oxford Economics considerou ontem que, depois do crescimento de 5% no ano passado, a economia moçambicana vai abrandar para 4,5% este ano, apesar do aumento previsto de 2,5% da produção de gás natural.
“Antevemos que uma produção mais lenta de gás natural este ano, de 2,5%, vá contribuir para o abrandamento do crescimento económico para 4,5% este ano”, escrevem os analistas da Oxford Economics, num comentário à expansão económica de 5% no ano passado.
“Apesar da adversidade de terem tido de enfrentar o ciclone Fredy, o mais prolongado ciclone alguma vez registado, e a violência em curso em Cabo Delgado, a economia conseguiu avançar em 2023 graças ao aumento da produção de gás natural liquefeito ao largo da costa”, aponta-se no departamento africano desta consultora britânica.
Num comentário enviado aos investidores, citado pela Lusa, a Oxford Economics considera que a petrolífera TotalEnergies vai voltar a Cabo Delgado ainda este semestre, mas alerta que a proximidade das eleições poderá fazer aumentar os ataques e “lançar uma nuvem sobre as eleições” previstas para o final do ano.
De acordo com o Banco de Moçambique, o crescimento de 5,36% no último trimestre do ano passado comparado com os 5,92% no trimestre anterior, que se seguiu aos aumentos de 4,67% no período de Abril a Junho e de 4,17% de Janeiro a Março, o que se traduz num crescimento económico médio em 2023 pouco acima de 5% do PIB.
A ligeira redução, de 0,56 pontos percentuais face ao trimestre anterior, resulta essencialmente do “crescimento menos acentuado da indústria extrativa” e pelo “desempenho negativo da indústria transformadora”, explicou o banco central em meados de Fevereiro, citando o INE.