As Reservas Internacionais Líquidas (RIL) de Moçambique voltaram a cair no final do primeiro semestre deste ano, para 3,2 mil milhões de dólares (o equivalente a 202,2 mil milhões de meticais), segundo dados do Ministério da Economia e Finanças (MEF).
Dados do Banco de Moçambique (BM) indicam que até Dezembro de 2022, o País tinha 3,4 mil milhões de dólares, o equivalente a 219 mil milhões de meticais, de acordo com o relatório anual.
O relatório de balanço da implementação do Plano Económico e Social (PES) e do Orçamento do Estado (OE) de 1 de Janeiro a 30 de Junho refere que essas reservas garantem três meses das necessidades de importações de bens e serviços, excluindo as importações dos Grandes Projectos (GP), e comparam com os cinco meses que garantiam no mesmo período de 2022.
Para o efeito, o Governo moçambicano definiu no OE de 2023 o objectivo de constituir Reservas Internacionais Líquidas no valor de 2,9 mil milhões de dólares (183,2 mil milhões de meticais), “correspondentes a três meses de cobertura das importações de bens e serviços não factoriais”.
Entretanto, em Julho, o Fundo Monetário Internacional (FMI) já havia alertado que as reservas internacionais de Moçambique estão em queda desde 2021 e atingiram os 2,9 mil milhões de dólares no final do ano passado.
Na altura, o FMI reconheceu o impacto dos “altos custos” com a importação de combustíveis nas reservas internacionais de Moçambique, tendo em conta o fornecimento de divisas aos principais importadores de combustíveis.
“Ao mesmo tempo, as importações não relacionadas com megaprojectos aumentaram significativamente nos últimos dois anos, diminuindo ainda mais a cobertura de importações das reservas”, aponta-se no documento.