O Instituto de Cereais de Moçambique (ICM) iniciou, nesta segunda-feira (18), a monitoria do processo de comercialização agrícola nas províncias da região Norte, Centro e Sul, com excepção da área metropolitana de Maputo.
Segundo o jornal notícias, citando um comunicado da instituição, o trabalho que teve início na província de Nampula vai decorrer até ao próximo mês, com o objectivo de avaliar o impacto das acções levadas a cabo para a dinamização agrícola em prol da melhoria da renda dos produtores do sector familiar. As províncias abrangidas pela monitoria são Niassa, Cabo Delgado, Nampula, Zambézia, Tete, Manica, Sofala, Gaza e Inhambane.
O documento revela que na presente campanha, Moçambique espera vender mais 17 milhões de toneladas de produtos diversos. A delegação espera visitar os principais centros de comercialização agrícola e de processamento, interagir com os intervenientes do processo e verificar as infra-estruturas de apoio como armazéns, silos e indústrias.
A nota informa ainda que a equipa vai, igualmente, monitor o impacto dos instrumentos recentemente aprovados pelo Governo para a dinamização do agro-negócio, designadamente a criação dos Comités de Gestão, Caderneta e Fundo Rotativo para a Comercialização Agrícola (FRCA) e realizar visitas a feiras e mercados locais.
“Na verdade, a comercialização agrícola desempenha um papel importante na economia nacional, constituindo uma das principais fontes de rendimento da população das zonas rurais, um mecanismo de ligação dos mercados e um instrumento que estimula o aumento da produção e competitividade do sector agrícola”.
O comunicado acrescenta que, neste contexto, o ICM tem a missão de intervir, como agente de comercialização de “último recurso”, para assegurar o escoamento da produção, com o objectivo de garantir reservas estratégicas para a segurança alimentar e contribuir para a estabilização de preços. Para a materialização desse desiderato, a instituição tem estado a desencadear acções estratégicas concentradas maioritariamente nas zonas Centro e Norte do País, tendo em consideração que a zona Sul é menos produtiva.
O trabalho de monitoria deverá consistir em encontros de cortesia com as autoridades locais, visita a campos nos centros de comercialização e unidades de agro-processamento, diálogo com produtores e intervenientes e ainda conversas com os arrendatários do património sob gestão da instituição.