De acordo com dados estatísticos do Banco de Moçambique, as Reservas Internacionais Líquidas (RIL) – em moeda estrangeira – tinham crescido em janeiro deste ano para quase 3.601 milhões de dólares (3.456 milhões de euros), que foi então o valor mais elevado desde setembro de 2021, e em julho atingiram os 3.807 milhões de dólares (3.654 milhões de euros), um recorde em três anos.
No final de setembro, essas RIL ascendiam a 3.762 milhões de dólares (3.611 milhões de euros), recuando desta forma 1% em outubro.
Segundo o Banco de Moçambique, o nível atual de reservas é suficiente para cobrir 3,2 meses das importações totais moçambicanas e cinco meses excluindo os grandes projetos.
O governador do Banco de Moçambique disse em 08 de novembro que as reservas de moeda estrangeira do país são “confortáveis”, mas que não são para “queimar”.
“Não vamos queimar reserva e não estamos a queimar reserva. Elas continuam ali para permitir o funcionamento normal do nosso país e das nossas instituições”, disse o governador, Rogério Zandamela, ao apontar, em Maputo, as perspetivas económicas para o país no médio prazo.
Os empresários moçambicanos têm insistido na necessidade de o banco central aliviar os coeficientes de reservas obrigatórias em moeda estrangeira, que obrigam atualmente os bancos a depositarem 39,5% do total no banco central, quando em 2022 era de 11,5%, face à falta de divisas no mercado interno.