Oferecer serviços com qualidade e perfeição é o lema da jovem empreendedora Cármen Pindula, proprietária da empresa ‘Pétalas Pindula’. De funcionária pública, de repente, Carmem viu-se envolvida no negócio das flores e decidiu fazer deste o seu modo de vida. Conheça o perfil empreendedor desta mulher que já se tornou uma referência.
Existente há sensivelmente 5 anos, a Pétalas Pindula é uma empresa vocacionada para a produção de trabalhos florais de todos os tipos, e para a preparação e venda de refeições ligeiras. Formada em estatística, Cármen conta que, até então, não sabia que tinha jeito para lidar com flores.
“Eu fazia pequenos-almoços e sempre fui inclinada para a cozinha. Mas algumas pessoas começaram a pedir os pequenos-almoços com flores. Em 2015, fiz um arranjo de flores a pedido de um amigo, que pretendia oferecer à sua amada no Dia dos Namorados. Ele gostou do meu trabalho e aconselhou-me a fazer mais para vender. Contudo, eu não via mercado para tal”, explica.
O assunto das flores ficou esquecido, até que em Janeiro de 2016 Cármen surpreendeu uma amiga, aniversariante, com um arranjo de flores rosas numa caixa cor-de-rosa, e publicou o arranjo nas redes sociais. “Sendo que o mês dos namorados estava próximo, a procura de arranjos florais foi maior e eu decidi apostar, mas não tinha noção de quanto poderia cobrar pelo trabalho” referiu a jovem, recordando-se que “na época, como não tinha nenhum conhecimento sobre a área de flores, eu comprava-as no Parque dos Continuadores, a preços elevados pois não conhecia os fornecedores, e, por isso também vendia os arranjos a preços altos” referiu.
Não demorou para que Cármen passasse a conhecer os fornecedores de flores, que as importavam da África do Sul, passando a comprá-las a um preço acessível. Não obstante, não reduziu os preços de venda.
“Mantive os preços dos arranjos e fiz muitas encomendas para o dia dos namorados. Depois disso muita gente publicou os meus arranjos e quando dei por mim já estava a sair da área da cozinha e a entrar para a área das flores”.
Da informalidade à formalidade
A jovem florista conta que, com o tempo, passou a nutrir amor por aquele trabalho. O negócio da confecção dos pequenos-almoços ficou para o segundo plano? “Ultimamente faço alguns pequenos trabalhos esporadicamente, como tábuas de pequeno-almoço”, avançou.
Relativamente ao registo da empresa, a jovem explica que com a crescente demanda, passou a ser contactada por empresas à procura dos seus serviços e não tendo uma estrutura empresarial organizada, que estas exigiam — com facturas, recibos e contabilidade organizada — viu-se obrigada a registar a empresa, tornando-a formal.
“Os clientes fazem-nos crescer. Comecei este trabalho como ‘part time’ pois, na época, trabalhava no Ministério de Saúde e não tinha muito tempo. Mas quando a coisa começou a ficar séria, larguei o emprego e decidi abraçar este trabalho a tempo inteiro. Registei a empresa como ‘Pétalas Pindula’, e, quando dei por mim, já estava lançada no mercado e comecei a fazer arranjos para as províncias. Portanto, não foi algo planificado, as coisas foram acontecendo”.
Cármen aponta o segundo semestre como sendo o período de pico na venda de flores, pois é o período em que são realizados a maior parte dos casamentos. “No primeiro semestre temos o Dia dos Namorados, o Dia da Mulher Moçambicana, o Dia Internacional da Mulher e o Dia do Pai. Fora as datas comemorativas, temos alguns aniversários e pedidos de casamento, portanto não há muita procura. Em contrapartida, de Junho em diante, o trabalho é intenso devido à quantidade de casamentos realizados, e chegou a gerir cerca de oito casamentos num final de semana”, revelou.
Os serviços mais requisitados na ‘Pétalas Pindula’ em relação a casamentos são: bouquet de noiva, lapela do noivo, o bouquet da dama, a ornamentação do carro dos noivos, e de vez em quando centros de mesa.
Relativamente à questão da Covid-19, Cármen recorda-se que a fronteira fechou nas vésperas do Dia da Mulher Moçambicana, e lamenta: “foi terrível porque tinha muitas encomendas para as comemorações da efeméride, mas eu preparei-me, comprei orquídeas que são plantas que duram mais tempo, pois havia carência de rosas”.
Como forma de inovar os serviços em tempos de crise, a jovem valeu-se da sua criatividade. “criei uns pequenos arranjos, onde colocava chocolates uma garrafa de vinho e alguns balões flutuantes, pois tinha que inovar. A única coisa que eu não podia fazer era fechar a empresa e vendi muito nessa época”.
A falta de eventos não abalou o negócio da Carmen pois segundo conta os seus clientes buscavam caprichar mais nos presentes, sempre acompanhados de flores como forma de suprir a ausência dos eventos.
“Abri esta loja no momento da crise porque para mim não houve crise nessa altura. Não haviam eventos, mas as pessoas caprichavam nos presentes, e algumas pessoas que já tinham os eventos marcados caprichavam nos brindes para oferecer aos convidados. Isso para mim foi excelente. Prosperei em tempos de crise.
Falando das suas expectativas, Cármen diz esperar ansiosamente pelo fim da pandemia, e argumenta: “É muito difícil viver na incerteza”.
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