O Ministério da Indústria e Comércio (MIC) afirma que persistem, em Moçambique, divergências entre os intervenientes no processo de produção e comercialização agrícola, quanto à fixação de preços.
Falando na semana em curso no programa ‘Cartas na Mesa’, da Rádio Moçambique (RM), o ministro da Indústria e Comércio, Silvino Moreno, explicou que o sector que dirige está a trabalhar no sentido de estabelecer o equilíbrio entre os produtores e os compradores.
“O papel do MIC é tentar encontrar equilíbrio entre as duas partes e temos estado a trabalhar no sentido de perceber, a partir dos industriais, quais são os custos que têm nesta actividade de processamento dos produtos que, de facto, não são vendidos ou que estão na posse dos camponeses e produtores”, anotou.
Em 2019, o Primeiro Ministro, Carlos Agostinho do Rosário, já havia solicitado a intervenção do Instituto de Cereais de Moçambique para questões de estabilização de preços, sendo essa uma das suas missões.
Moreno entende que, infelizmente, em algum momento os produtores têm expectativa e preços acima do que é possível pagar, daí o trabalho de compreender efectivamente se o preço baixo ou abaixo da expectativa que é colocado pelos processadores é de facto justo.