Uma missão de assistência técnica do Fundo Monetário Internacional (FMI) chega hoje a Maputo, para analisar os últimos desenvolvimentos macro-económicos do país, durante duas semanas.
A informação foi avançada no fim-de-semana em Marrakesh pelo vice-Ministro da Economia e Finanças, Amílcar Tivane, durante uma reunião entre a delegação moçambicana e o director do Departamento Africano do FMI.
A visita dos técnicos do FMI termina a 23 de Outubro corrente e visa fazer a terceira revisão do programa de facilidade de crédito alargado para o período 2022/2025. O FMI concedeu, há um ano, um financiamento de 470 milhões de dólares a serem aplicados até 2025.
Na última visita da delegação do Fundo, foram analisados os últimos desenvolvimentos macro-económicos referentes a 2022 e as perspectivas para o médio prazo. Numa reunião inicial da visita, o Ministro da Economia e Finanças, Max Tonela e o Governador do Banco de Moçambique, Rogério Zandamela, sublinharam que o País regista novos avanços nos principais indicadores macro-económicos, frisando que o crescimento económico deverá acelerar a médio prazo, com uma média de 5,7 por cento entre 2022 e 2024.
Recentemente, a Directora Nacional dos Estudos e Políticas de Desenvolvimento no Ministério da Economia e Finanças, Enilde Sarmento, disse em Marakesh que a economia moçambicana está numa trajectória de recuperação.
Com efeito, o crescimento real do Produto Interno bruto (PIB) deverá atingir 7,0 por cento em 2023, contra 4,1 por cento em 2022, uma trajectória que continuará no curto prazo com uma média de 5 a 7 por cento entre 2024 e 2025.
A inflação estará em torno dos 8,0 por cento em 2023, contra 10,3 por cento em 2022 e poderá atingir 6,0 por cento em 2024. Factores como taxas de câmbio estáveis, probabilidade de descida dos preços dos produtos de base no mercado internacional, a exemplo de combustíveis líquidos, e políticas monetárias eficazes contribuem para esta tendência decrescente da inflação.