IDE regista aumento de 620,1 milhões de dólares no 3º trimestre de 2023

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O investimento Directo Estrangeiro (IDE) no país registou um aumento de 620,1 milhões de dólares durante o terceiro trimestre do ano passado, refere o Banco de Moçambique (BdM) sobre a Balança de Pagamentos.

Esta cifra está acima do primeiro trimestre do mesmo ano, cujo valor foi de 420,1 milhões de dólares norte-americanos, correspondentes a um decréscimo de 66,8 por cento.

O aumentou deveu-se, segundo o Banco de Moçambique, aos incrementos dos encaixes de recursos financeiros por parte dos grandes projectos em 21 por cento, o que fixou os resultados em 1.2 mil milhões de dólares.

Através da avaliação trimestral, o BdM enfatiza que “o crescimento do IDE justifica-se pela ascensão dos grandes projectos em mais de 100 por cento assim como das empresas da economia tradicional em 37,4 por cento”.

Desta feita, em termos acumulados, o IDE registou um incremento de influxos em 15,2 por cento e fixou-se em 1.5 mil milhões de dólares.

Constam da lista dos principais parceiros do IDE direccionado a Moçambique, no período em análise, as Maurícias, a África do Sul, os Países Baixos e os Emirados Árabes Unidos.

Segundo o relatório, neste período, a indústria extractiva continuou a posicionar-se como o sector que mais recebeu investimento, ao encaixar um total de US$ 549 milhões.

Para este sector, o destaque foi para os recursos destinados ao financiamento das operações de exploração do gás em 358,8 milhões. Ainda neste quadro, o BdM refere que a actividade de extracção do carvão mineral registou um aumento na entrada de recursos em mais de 100 por cento.

O BdM refere ainda que o IDE, realizado sob forma de outro capital, foi financiado com recurso a mobilização de instrumentos como suprimentos e créditos comerciais, com destaque para os influxos dos grandes projectos.

O Banco Central explica que estes instrumentos mencionados constituem dívida externa e privada para o país, que em caso de incumprimento no seu pagamento agrava a posição devedora, entretanto, a instituição reguladora destaca ainda a queda em 2,4 por cento para 320,6 milhões dos outros sectores da economia.