Comemora-se, esta quinta-feira, 10 de Agosto, o Dia Internacional do Biodiesel, criado para dar importância à investigação e ao uso de combustíveis não-fósseis, como alternativa ao setor petrolífero.
Foi há exatamente 130 anos, a 10 de Agosto de 1893, em Augsburg, na Alemanha, que Rudolf Diesel conseguiu, com sucesso, operar um motor a diesel com um combustível baseado em óleo de amendoim. Na altura, tratava-se de um motor rudimentar, mas foi o primeiro passo para uma evolução que levou este tipo de combustível até postos de gasolina no mundo inteiro, nos dias que correm.
Mas afinal, o que é, ao certo, o biodiesel?
“O uso de óleos vegetais como combustíveis de motor pode parecer insignificante nos dias atuais. Mas estes óleos podem vir a tornar-se, ao longo do tempo, tão importantes como o petróleo e o carvão mineral”, disse, na altura, Diesel, também ele inventor do motor movido pelo combustível que herdou o seu apelido.
Atualmente, segundo a revista Forbes, que cita a EIA (Administração de Informações de Energia), o biodiesel de base vegetal é a quarta maior fonte de energia renovável utilizada no mundo.
De uma forma resumida, o biodiesel é produzido através de um processo químico, a transesterificação, em que óleos e gorduras de origem animal ou vegetal reagem com um tipo de álcool, nomeadamente metanol ou etanol, contando ainda com a presença de um catalisador. Daí resulta, assim, o éster e a glicerina.
É o éster que, depois, através de processos de purificação, se torna o biodiesel que chega, depois, às bombas de gasolina. Já a glicerina produzida é aproveitada noutros setores, entre eles o têxtil, farmacêutico e cosmético.
Se é certo que Diesel recorreu a óleo de amendoim para levar a cabo a sua experiência em 1893, a realidade é que o biodiesel pode ser criado a partir de diferentes tipos de óleos e produtos animais ou vegetais. Entre eles, por exemplo, girassol, canola, milho, soja e algodão.
Segundo a Goldenergy, o biodiesel pode ser utilizado:
Nos motores de veículos como camiões, autocarros e tratores;
Na geração de energia elétrica nas indústrias;
Nos motores estacionários, como os geradores.
Para a mesma fonte, algumas das vantagens são a “redução da emissão de gases com efeito de estufa e poluentes e o “aumento da vida útil dos motores”. Em sentido contrário, a empresa do setor energético alerta ainda para o possível “aumento do desmatamento para a plantação dos vegetais”. (Lusa)