Bancos moçambicanos mantém crédito em incumprimento acima do recomendado

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O Banco de Moçambique (BM) alertou que o crédito em incumprimento (NPL) nas instituições bancárias nacionais continuou, no último trimestre de 2023, acima dos 5% recomendados. 

No relatório sobre os Indicadores Prudenciais, Económicos e Financeiros, o Banco Central revelou que o Banco Nacional de Investimentos (BNI) fechou o último trimestre do ano com um rácio de NPL de 43,98% do total concedido e um rácio de cobertura de NPL que caiu para 70,26%.

Entre os 15 bancos comerciais listados no documento, segue-se o Ecobank, com um rácio de NPL de 28,62%, e o Moza Banco, com 17,20%.

Segundo o Banco Central, apenas o United Bank for Africa (UBA), o First National Bank (FNB), o First Capital Bank (FCB) e Standard Bank apresentam um rácio de NPL inferior ao recomendado (5%), com 0,98%, 1,80%, 2,22% e 2,82%, respectivamente.

No entanto, o Millennium bim, um dos maiores do País e liderado pelo português BCP, viu o rácio do crédito em incumprimento cair no último trimestre, para 4,55%.

No ano passado, o governador do Banco de Moçambique, Rogério Zandamela, afirmou que o sector bancário moçambicano está “sólido e bem capitalizado”, mas alertou que o crédito em incumprimento permanece em níveis elevados.

“O rácio do crédito em incumprimento continua em níveis relativamente elevados”, sendo que, em Setembro último, se situava em 9,1% do total, contra 9,3% registado em igual período do ano passado.

“O sector bancário nacional, contínua sólido e bem capitalizado, tendo o rácio de solvabilidade se fixado em 24% (em Setembro de 2023), correspondente a 12 pontos percentuais acima do mínimo regulamentar”, destacou Zandamela.

Dados do Banco Central indicam que existem 15 bancos comerciais e 12 microbancos a funcionar em Moçambique, além de cooperativas de crédito, organizações de poupança e crédito, entre outras.