Moçambique prevê acesso universal à energia até 2030

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Moçambique prevê atingir até 2030 o acesso universal à energia. Para tal, o Governo aprovou recentemente um documento sobre a Estratégia de Transição Energética (em inglês, Energy Transition Strategy – ETS), no qual se compromete a implementar medidas que incluem a expansão das infra-estruturas eléctricas e a adopção de soluções fora da rede.

“A expansão da rede será fundamental para garantir o acesso universal à energia. Para atingir este objectivo até 2030, serão necessários aproximadamente 2,5 milhões de novas ligações na rede e dois milhões de ligações fora da rede. Serão ainda adicionadas ou melhoradas linhas de alta tensão para fornecer capacidade hidroeléctrica aos países vizinhos”, explica.

Segundo o documento, “a capacidade adicional de transmissão nos próximos anos dependerá do crescimento da procura nacional que determinará a capacidade do País para exportar electricidade. Este programa de médio/longo prazo visa permitir à rede eléctrica garantir o equilíbrio entre a oferta e a procura, bem como manter a sua estabilidade”.

O documento reconhece como fundamental a existência de uma rede interligada viável para garantir o fornecimento de 28 a 32 TWh [TeraWatt-hora] de energia, “incluindo o desenvolvimento de infra-estruturas nacionais e uma quota de 15% a 25% de energias renováveis”.

“Depois de 2030, Moçambique expandirá ainda mais a rede, para suportar 55 a 65 TWh, incluindo 30% a 40% de energias renováveis, subindo para 65 a 75 TWh entre 2040-50”, conclui.

Em Novembro passado, o Ministério dos Recursos Minerais e Energia (MIREME) anunciou investimentos de 80 mil milhões de dólares para alavancar a ETS a ser implantada até 2050.

“Moçambique tem grande potencial para ser um líder global no desenvolvimento alinhado com o clima. Isto deve-se aos seus consideráveis recursos de energia renovável e às substanciais reservas de gás natural. O ambicioso ETS estabelece um caminho claro para aproveitar estes activos e permitir o crescimento sustentável a nível nacional, apoiando simultaneamente a redução de emissões a nível local e mundial”, avançou a entidade.