O Presidente da Confederacao das Associacoes Economicas de Mocambique (CTA), Agostinho Vuma afirmou durante o seu discurso na 13ª edição do Economic Briefing, que o índice de emprego apresentou uma ligeira melhoria, o que denotou uma maior prospecção do sector privado de gerar emprego no segundo trimestre do presente ano face ao primeiro.
“Contudo, o mercado de trabalho continua frágil constatando-se que prevalece uma preferência para a contratação de mão-de-obra temporária ou em tempo parcial, principalmente nos sectores da agricultura e construção”, revelou Agostinho Vuma.
De acordo com a 12ª edição do Índice de Robustez Empresarial (documento de monitoria das tendências da actividade empresarial em Moçambique), apresentado pela CTA, verificou-se a evolução do índice de emprego temporário e em tempo parcial em 10,3 pontos percentuais, influenciado pela demanda de mão-de-obra para atender ao início da comercialização agrícola que registou um aumento de 28% para 38,3%, justificada em grande parte pelas actividades de colheita e transporte de mercadorias.
O documento revela ainda um aumento do índice de disposição de contratação de 15,23% para 28%, influenciado pelo aumento da procura de mão-de-obra para obras de reconstrução de infra-estruturas afectadas pelos desastres naturais que se verificaram no primeiro trimestre de 2023.
“Espera-se que o terceiro trimestre registe uma tendência crescente da actividade empresarial. Todavia, há o risco da subida de preços do barril de petróleo no mercado internacional, juntamente com os efeitos decorrentes da guerra entre Rússia e Ucrânia, de pressionarem os preços domésticos de bens e serviços cujo impacto poderá ser a diminuição da procura e, consequentemente, a contracção dos lucros de exploração”, apontou Vuma.
O documento da CTA revela que no segundo trimestre de 2023, o Índice de Ambiente Macroeconómico se situou em 39%, influenciado pela estabilidade da taxa de câmbio, estagnação da actividade empresarial, persistência da alta de preços e subida das taxas de juro.