Gripe aviária obriga a abate de 45 mil galinhas poedeiras que produziam diariamente cerca de 44 mil ovos
Uma gripe das aves foi diagnosticada numa unidade de produção na província de Inhambane, sul do País, levando ao abate de 45 mil galinhas poedeiras que produziam diariamente cerca de 44 mil ovos para consumo.
A informação foi avançada esta quinta-feira, 19 de Outubro, pelas autoridades moçambicanas.
Em causa está a relação com as dezenas de surtos de duas estirpes distintas de gripe das aves que estão a alastrar na vizinha África do Sul, de acordo com a preocupação manifestada pelas autoridades de Moçambique, que ordenaram o abate.
Trata-se de uma unidade de produção de ovos localizada no distrito de Morrumbene, no sul de Moçambique, propriedade de um empresário sul-africano, que abastecia de ovos aquela província, a mais turística do País, e outras regiões limítrofes. A unidade só retomará a laboração depois de concluído este processo, em Fevereiro do próximo ano.
A intervenção junto desta unidade de produção de ovos, segundo o investidor, vai provocar um prejuízo mensal de 13 milhões de meticais.
Contudo, a propósito deste caso, o director nacional de Desenvolvimento Pecuário, Américo da Conceição, apelou aos avicultores “para que tomem as medidas de biossegurança nas suas unidades de produção”.
Por sua vez, a 3 de Outubro, o Governo sul-africano informou que abateu cerca de 2,5 milhões de galinhas num esforço para conter dezenas de surtos de duas estirpes distintas de gripe das aves, ameaçando uma indústria já em dificuldades.
De acordo com os dados das autoridades sul-africanas, mais de 205 mil galinhas morreram de gripe das aves em pelo menos 60 surtos distintos em todo o território nacional, mais de metade dos quais na província de Gauteng, que inclui a maior cidade do país, Joanesburgo, e a capital administrativa, Pretória.
Face à situação, o ministro sul-africano da Agricultura, Thoko Didiza, avançou que o Governo está a acelerar a concessão de novas licenças de importação de ovos de outros países “para garantir aos consumidores um abastecimento suficiente”. DE