Constrangimentos na exportação do feijão bóer comprometeram em 20% das exportações agrícolas

960

- Publicidades -

A Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), diz que os constrangimentos na exportação do feijão bóer, comprometeram cerca de 20% das exportações agrícolas, e pelo menos 150 mil toneladas de feijão bóer ficaram retidas no porto de Nacala, à espera de serem exportadas.

Em comunicado, a CTA diz ainda que os custos mensais de armazenamento chegaram aos 80 milhões de meticais. Segundo a nota, até Novembro foram exportadas cerca de 230 mil toneladas de feijão bóer, estimando que mais de 160 mil toneladas ainda não tenham saído de Moçambique.

“Portanto, até agora, cerca de 60% do produto disponível foi exportado e, de uma forma geral, já deveríamos estar nos 90%”, lê-se no documento da CTA enviado à nossa redação.

“Apelamos agora à Direção Geral das Alfândegas (DGA) para que cumpra todos estes elementos decisivos superiores, nomeadamente a decisão do Tribunal Administrativo da Cidade de Maputo e do Ministro da Economia e Finanças”, conclui a confederação empresarial.

De referir que o Governo instruiu a Direcção Geral das Alfândegas a autorizar o “livre acesso” à exportação de feijão bóer, numa altura em que dezenas de toneladas do produto permanecem no limbo enquanto se aguarda a venda à Índia.

A exportação de feijão bóer para a Índia, principal mercado deste produto, resulta de um memorando de entendimento com Moçambique, assinado em 2016, que prevê a isenção de direitos aduaneiros para os importadores indianos.