Concluída inclusão dos bancos na rede de pagamentos electrónicos

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O Banco de Moçambique anunciou hoje que todos os bancos comerciais e instituições de moeda electrónica do país concluíram a integração na rede única nacional e a funcionar exclusivamente na nova plataforma da SIMOREDE desde o dia 19 de Novembro.

Com a nova plataforma, a Sociedade Interbancária de Moçambique (SIMO) passa a estar “alinhada com os padrões internacionais dos sistemas de pagamentos, que impõem a tecnologia ‘contactless'” para todos os cartões bancários e terminais POS, que “oferece maior segurança e comodidade para os utentes”, explica o banco central, em comunicado divulgado esta terça-feira.

“Desde o dia 19 de novembro de 2023, todos os bancos comerciais e instituições de moeda eletrónica já se encontram totalmente integrados na rede única nacional e a funcionar exclusivamente na nova plataforma da SIMORede, fornecida pela Euronet”, acrescenta.

Trata-se, refere igualmente, da concretização de “um dos principais objetivos da modernização do Sistema Nacional de Pagamentos” do país, “que certamente dará um inegável contributo para a dinamização dos pagamentos eletrónicos em Moçambique”.

“A nova plataforma da SIMORede tem a vantagem de oferecer uma diversificada gama de produtos e serviços, com destaque para a interoperabilidade (interligação) entre as instituições de moeda eletrónica, bancos e outros prestadores de serviços financeiros”, sublinha igualmente o banco central.

Em Novembro de 2018, um ‘apagão’ afetou durante alguns dias as caixas automáticas e operações com cartão da maioria dos bancos moçambicanos, devido à falta de pagamento e outros incumprimentos da SIMO, justificou na altura a empresa portuguesa de novas tecnologias Bizfirst.

“A Simo/InterBancos utilizaram ilicitamente o software da Bizfirst durante mais de dois anos, sem nunca pagar”, anunciou na ocasião a firma, num comunicado em que diz ter-se esforçado para que um acordo fosse alcançado, com sucessivas cedências em termos de preços, “mas a SIMO nunca aceitou nenhum acordo”.

Seguiu-se a intervenção do Governo e dos próprios bancos para desbloquear a situação, e depois um processo liderado pelo Banco de Moçambique para definir e operacionalizar uma nova rede única nacional de pagamentos eletrónicos, agora concluído.