BAD aprova USD 1,4 milhões para empresas geridas por mulheres em Moçambique, Tanzânia e Zâmbia

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O Conselho de Administração do Grupo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) aprovou uma subvenção de assistência técnica de 1,4 milhões de dólares para o Export Trading Group (ETG), para o financiamento de empresas geridas por mulheres em três países da África Subsaariana. O ETG é um dos maiores gestores e processadores da cadeia de fornecimento agrícola integrada, com um dos mais rápidos crescimentos da África subsaariana.

“O projecto permitirá a 600 empresas, lideradas por mulheres em Moçambique, Tanzânia e Zâmbia (200 em cada país), melhorar as suas competências empresariais, através de formação no âmbito do projecto Empregabilidade e Empreendedorismo Feminino, do ETG. O principal objectivo do projecto é aumentar a eficiência das pequenas e médias empresas detidas e geridas por mulheres integradas nas operações do ETG. O projecto decorrerá até 2025”, refere uma nota de imprensa do banco.

Do financiamento para a subvenção, 1,4 milhões de dólares provirão de recursos de subvenção do Banco Africano de Desenvolvimento geridos pelo We-Fi, que serão utilizados para realizar um estudo de diagnóstico e reforço das capacidades das empresas seleccionadas nas principais localizações do ETG. “Um cofinanciamento adicional de até 400 mil dólares virá do ETG para os aspectos de empregabilidade do projecto. Será também utilizado para facilitar a colaboração com instituições financeiras e outras partes interessadas relevantes”, lê-se no documento.

“Este novo projecto de assistência técnica complementa um pacote comercial e de financiamento agrícola de 150 milhões de dólares aprovado pelo Banco em Novembro de 2021 ao nosso parceiro estratégico Export Trading Group (ETG). Este é o primeiro projecto a alavancar directamente o programa ‘Acção Financeira Afirmativa para as Mulheres em África’ do banco para os projectos agrícolas do sector privado do banco, aumentando o impacto no desenvolvimento, ao mesmo tempo em que apoia mulheres agricultoras e pequenas e médias empresas lideradas por mulheres”, observou Atsuko Toda, directora de Financiamento Agrícola e Desenvolvimento de Infra-estruturas Rurais do Banco Africano de Desenvolvimento.

Segundo o comunicado, o projecto será implementado em parceria com o braço de desenvolvimento do ETG, a Fundação de Agricultores, uma organização sem fins lucrativos criada em 2012 na Tanzânia para estimular o crescimento na agricultura e fomentar o desenvolvimento das economias rurais.

“A Fundação de Agricultores trabalhou com 100 mil empresas agrícolas (40% das quais geridas por mulheres) e criou um modelo de desenvolvimento sustentável inclusivo em múltiplas cadeias de valor: sementes oleaginosas, leguminosas, cereais, café e caju no Uganda, Quénia, Tanzânia, Zâmbia, Zimbabwe, e Moçambique”, fez saber o BAD.

Lê-se ainda no documento que “o sector agrícola contribui significativamente para o crescimento das economias de Moçambique, Tanzânia e Zâmbia. As mulheres constituem até 60% da força de trabalho rural e aproximadamente 80% da produção de alimentos nestas economias”.