A mineradora australiana Syrah Resources anunciou estar assegurado um financiamento de 64,73 milhões de dólares para impulsionar as operações na mina de grafite localizada em Balama, província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique.
Numa informação divulgada semana passada, a empresa referiu que a operação consiste na colocação de uma oferta de direitos para financiar igualmente o projecto Vidalia, com sede nos Estados Unidos da América (EUA), explicando ainda que o maior accionista e principal fundo de pensão australiano, AustralianSuper, concordou com a conversão de títulos emitidos em Junho de 2019 e Dezembro de 2023 em novas acções da mineradora.
Em Setembro do ano passado, a Syrah revelou que prevê receber um financiamento norte-americano de 150 milhões de dólares para a subsidiária Twigg Exploration & Mining, que opera a mina de grafite de Balama.
Numa informação aos mercados, a entidade explicou que a conclusão da operação de financiamento a 13 anos – através da DFC, agência de financiamento e desenvolvimento do Governo dos EUA – permitirá custear os requisitos de capital das operações locais de grafite, uma das maiores reservas mundiais daquela matéria-prima, utilizada em baterias de carros eléctricos.
A operação possibilitará, inclusive, “estudos de viabilidade para o desenvolvimento do recurso de vanádio de Balama” e a “expansão actual e futura da instalação de armazenamento”, servindo ainda à “sustentação das operações de Balama”.
“O empréstimo proposto pela DFC está alinhado com o compromisso de promoção dos acordos e parcerias comerciais e de investimento entre os EUA e África”, explica a Syrah Resources.
Este financiamento visa também garantir a implementação de cadeias de fornecimento em Moçambique, mais concretamente, “financiar investimentos na operação de mineração e processamento de grafite da empresa em Balama”.
Na nota, é recordado que na recente Cimeira do G20 de 2023, em Nova Deli, Índia, o Presidente norte-americano, Joe Biden, e o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, reuniram um grupo de líderes para “acelerar os investimentos para dimensionar projectos de infra-estruturas de alta qualidade e o desenvolvimento de corredores económicos através da Parceria para Infra-estruturas e Investimento Globais (IGP)”.