ARC aprova a aquisição da Cimentos de Moçambique por grupo Chinês

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A Autoridade Reguladora da Concorrência (ARC) revelou esta terça-feira, que não se opõe à operação de concentração na aquisição da InterCement, proprietária da empresa Cimentos de Moçambique S.A, uma transacção projectada pela Huaxin Cement Co, Ltd, holding chinesa.

Neste contexto, segundo refere uma nota de imprensa, a Huaxin Hong Kong passa a deter 100% das participações da InterCement Trading Inversions, na Natal Portland Cement Company (Pty), Ltd (NPC).

“Nos termos do número 1 do artigo 3 da Lei da Concorrência, a transacção projectada constitui uma operação de concentração de empresas através da qual a Huaxin Hong Kong adquirirá o controlo exclusivo sobre a Cimentos de Moçambique”, lê-se no documento.

A NPC detém participações em empresas sul-africanas e moçambicanas l, nomeadamente na Inter Cement South Africa Proprietary Limited, na NPC InterCement (RF) Proprietary Limited (na África do Sul) e na Cimentos de Moçambique S.A. (em Moçambique).

Em Julho, o grupo chinês Huaxin Cement concordou em comprar o negócio da InterCement (multinacional brasileira que detém a Cimentos de Moçambique) em África por 265 milhões de dólares. Segundo o portal Global Cement, o negócio inclui os activos da companhia brasileira em Moçambique e na África do Sul.

“O acordo resulta da venda pela InterCement dos seus activos no Egipto, no início de 2023, a um comprador não identificado”, lê-se no portal, sublinhando que, com esta venda, a empresa pretende reduzir a sua dívida.

Para a concretização desta aquisição, a InterCement nomeou a JP Morgan como sua consultora financeira para a venda das suas operações em Moçambique e na África do Sul. Em Moçambique, a InterCement opera três fábricas através da sua subsidiária Cimentos de Moçambique. As operações da chinesa Huaxin Cement em África incluem filiais no Maláwi, na Tanzânia e na Zâmbia.