Lugar da mulher é onde ela quiser’. Tendo em conta esta premissa e a sua política de diversidade e inclusão, a Vale Moçambique lançou um concurso público para a admissão de 170 profissionais para a vaga de Operador de Equipamentos de Instalação. Esta é uma posição maioritariamente ocupada por homens, mas de forma a aumentar o número de mulheres nas áreas operacionais, a empresa incentiva à participação das mesmas no concurso. A Vale espera que pelo menos 20% das vagas sejam ocupadas por mulheres.
Actualmente, 10% dos mais de 3600 colaboradores directos da Vale são mulheres, mas a empresa quer que esse número continue a aumentar, reforçando assim, o equilíbrio de género nas suas equipas. A mineradora mantém a mesma política para os funcionários das empresas subcontratadas. Ao todo, entre postos de trabalho directos e indirectos, a Vale dá emprego a mais de 13 mil pessoas, sendo uma parte composta por mulheres.
Mulheres a exercerem cargos tradicionalmente ocupados por homens já não é propriamente uma novidade na Vale Moçambique. São vários os exemplos de sucesso que a empresa tem vindo a registar.
Quase todos os colegas da Operadora de Camiões Roménia Marizane são do sexo masculino mas, mesmo assim, esta profissional sente-se à vontade para realizar o seu trabalho, embora reconheça a complexidade do mesmo. “É um trabalho difícil, mas que me orgulha porque supero-me a cada dia. Eu até faço coisas que alguns homens têm dificuldade de fazer”, afirmou Roménia Marizane.
Zaida Manuel exerce também uma profissão desafiadora, uma vez que, enquanto Operadora de Máquinas é responsável por transportar o carvão extraído da mina. Zaida Manuel refere que o seu processo de integração não foi fácil, porque quando chegou, há cerca de quatro anos, era a única mulher na equipa em que foi integrada. “Eu distanciava-me dos meus colegas por ser a única mulher, mas com o tempo aprendi a lidar com eles e hoje sinto-me parte da família”.
Também a geóloga Sheila Macamo dá o melhor de si para garantir que a empresa continue no pódio mundial no que se refere aos índices de qualidade. “Para fazer o controlo de qualidade do carvão eu tenho que, numa primeira fase, verificar a informação existente no nosso modelo geológico referente a uma determinada área de lavra. Depois essa informação tem que ser passada à planta de processamento de modo a que eles possam saber exactamente que tipo de carvão vão processar. Temos sempre que interagir com a equipa de operação de mina de modo a garantir que está a lavrar dentro do procedimento”, explicou Sheila Macamo, revelando que todo o trabalho que executa está sujeito a processos meticulosos.
Lúcia Jombo trabalha na Vale há um ano, na área de Operação de Equipamentos de Mina. Desde que entrou na empresa sente que lhe é atribuído o devido valor. Enfrentou também os desafios da socialização, mas hoje está totalmente adaptada. “A princípio foi um pouco complicado, mas quando me comecei a integrar na família e senti o apoio dos meus colegas e superiores comecei a ficar mais à vontade e mais engajada neste desafio”.
Sheila Miquidade, Gerente de Comunicação da Vale em Moçambique e Corredor Logístico, é uma das colaboradoras com posição de relevo na empresa. A mesma considera que as mulheres devem mostrar o seu potencial para que possam aproveitar as distintas oportunidades por mérito e profissionalismo. “As oportunidades não nos são dadas, são criadas pela nossa actuação e coerência no nosso discurso”, sublinha.
A Vale em Moçambique orgulha-se de poder contar com estas e muitas outras mulheres, altamente profissionais, para continuar a crescer e a tornar-se líder no fornecimento de carvão de qualidade para alimentar a indústria mundial, apostando numa política de inclusão.
A Vale lançou, em Setembro, o Projecto ‘Mineração por Elas’ que destaca o papel da mulher na mineração. Idealizada e produzida por mulheres, a obra contempla seis episódios de vídeos de curta duração que trazem, de maneira mais intimista, narrativas sobre vida pessoal, rotina e trajetória de algumas trabalhadoras da empresa.