Oxford Economics prevê redução da inflação em Moçambique para 6,5% este ano  

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A consultora Oxford Economics Africa considerou sábado, que a inflação em Moçambique deverá ficar nos 6,5% este ano, abrandando face aos 10,3% de 2022, essencialmente devido à evolução do preço do petróleo no mercado internacional.

Numa nota divulgada pela filial africana da consultora londrina, os analistas referem que “prevemos agora que o preço médio do barril de petróleo Brent fique nos 87,6 dólares no último trimestre do ano, ou seja, 1,1% abaixo do registo no último trimestre de 2022, o que vai ajudar o Governo moçambicano a manter a estabilidade nos preços dos combustíveis a nível nacional”.

“Como também acreditamos que o Governo mantenha a indexação, na prática, do metical nos 63,94 dólares por cada um, até ao final de 2023, prevemos agora que a taxa média da inflação abrande de 10,3% em 2022 para 6,5% este ano”, lê-se na nota enviada aos clientes e a que a Lusa teve acesso.

Dados divulgados este mês pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) indicam que a inflação a 12 meses em Moçambique voltou a reduzir-se em Agosto, para 4,93%, renovando mínimos de mais de um ano e meio.

Trata-se do quinto mês consecutivo de redução da inflação homóloga, e menos 0,12 pontos percentuais face ao mês anterior, o valor mais baixo desde Janeiro de 2021, segundo o histórico do INE.

“Os dados do mês em análise, quando comparados com os de igual período de 2022, indicam que o País registou um aumento de preços na ordem de 4,93%. As divisões de Bens e Serviços diversos e de Educação foram as que tiveram maior aumento de preços ao variarem 17,34% e 14,12%, respectivamente”, refere o INE, segundo o qual os preços nacionais subiram 2,10% desde o início de 2023 e a inflação mensal média dos últimos 12 meses desceu em Agosto para 9,32%.