O sector empresarial moçambicano considera que o estabelecimento de parcerias para a exploração do potencial e oportunidades de negócio existentes entre Moçambique e Itália é fundamental para assegurar os benefícios mútuos dos investimentos, em termos de garantias de retorno do capital investido, bem como para a promoção do conteúdo local nos megaprojectos.
Falando esta quinta-feira, na abertura do Fórum de Negócios Itália-Moçambique, que decorreu em Milão, liderado pelo ministro da Economia e Finanças, Ernesto Max Tonela, o presidente da Confederação das Associações Económicas (CTA) salientou que a missão moçambicana naquele país europeu constitui uma demonstração clara da disponibilidade dos empresários moçambicanos em estabelecer condições objectivas para o estreitamento das relações entre o empresariado dos dois países.
Segundo Agostinho Vuma, a delegação empresarial de Moçambique percebeu o potencial existente para a internacionalização das empresas italianas, incluindo a disponibilidade do próprio Governo de sustentar este potencial através do Fundo de Internacionalização e do Fundo Climático.
“A nossa maior expectativa é colocar os sectores empresariais dos dois países na liderança de processos de cooperação que atinjam ou suplantem, por ano, cerca de 500 milhões de dólares de negócios bilaterais em exportações e importações, o que representaria o dobro do volume actual de negócios”, frisou Vuma, numa nota divulgada pela CTA.
Na mesma ocasião, o responsável destacou, igualmente, o ambiente favorável e atractivo, do ponto de vista legal e estrutural, para o investimento directo estrangeiro em Moçambique, resultante das políticas implementadas pelo Governo do Programa de Aceleração Económica (PAE), um conjunto de 20 medidas estruturantes que incluem a Lei de Investimentos, facilidades de obtenção de visto, a Lei do Trabalho e o Código Comercial, cujo objectivo é colocar o sector privado como principal agente dinamizador da economia e oferecer um ambiente mais estável para os investimentos estrangeiros.