Manuseamento de Carga: Porto de Maputo superou a marca de 27 milhões de toneladas em 2022
O porto de Maputo registou um novo recorde no manuseamento de carga, ao ultrapassar a marca de 27 milhões de toneladas em 2022 contra 22 milhões de toneladas do ano anterior, o que equivale a uma subida de 22,7%.
O facto foi anunciado pelo secretário permanente do Ministério dos Transportes e Comunicações, Ambrósio Sitoe, durante um workshop sobre a gestão coordenada das fronteiras entre Moçambique e a África do Sul, um evento de quatro dias, que arrancou segunda-feira, em Maputo.
De acordo com Ambrósio Sitoe, contribuiu para o efeito a implementação do Pacote de Medidas de Aceleração Económica (PAE), uma iniciativa governamental cujo objectivo é estimular a actividade económica no País após choques externos.
“No âmbito da implementação do PAE, eliminámos os processos manuais de emissão dos documentos de Importação Temporária de Viaturas (TIP) e o pagamento da Taxa de Serviço Aduaneiro (TSA), permitindo, assim, a maior entrada dos veículos no País”, explicou Ambrósio Sitoe, citada pela Agência de Informação de Moçambique (AIM).
Segundo a fonte acima citada, este novo registo de manuseamento deve-se, igualmente, à melhoria nos procedimentos através da criação da Linha Verde para o ferro crómio no km4, a maior carga em trânsito, cujo resultado foi o aumento da área de triagem de camiões.
“Estas medidas permitiram a redução do tempo de espera dos camiões no corredor e em particular no terminal de km4, onde cerca de 60% dos camiões são despachados em menos de uma hora contra cerca de três horas antes da introdução das medidas de aceleração económica”, disse.
“Das cargas manuseadas no porto de Maputo, cerca de 80% das mesmas constituem carga em trânsito, um indicador que confirma que este corredor tem sido uma das rotas preferenciais para as exportações dos países vizinhos, pelo que é necessário garantir a eficiência de todo o corredor”, referiu, salientando ainda: “é neste contexto que estamos a trabalhar em várias frentes para a contínua modernização do porto”.