A Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH), operadora petrolífera detida pelo Estado moçambicano, inverteu o prejuízo de 153,1 milhões de meticais, registado em 2021, para um lucro de 461,9 milhões de meticais em 2022.
Segundo o DE que cita o relatório e contas, consultado pela Lusa, o resultado líquido no exercício económico de 2022 foi, essencialmente, influenciado pelas vendas de bens e serviços, que praticamente duplicaram, para 960,2 milhões de meticais.
A ENH exerce a sua actividade subordinada ao Ministério dos Recursos Naturais e Energia (MIREME), tendo como “objectivo principal a actividade petrolífera, nomeadamente a prospecção, pesquisa, desenvolvimento, produção, transporte, transmissão e comercialização de hidrocarbonetos e seus derivados, incluindo importação e exportação”.
No relatório, a petrolífera identifica que o financiamento dos activos de exploração de recursos naturais no País corresponde a mais de 1,1 mil milhões de dólares, um aumento face aos mil milhões de dólares que estavam investidos em 31 de Dezembro de 2021.
De acordo com o mesmo relatório, o activo da empresa cresceu no ano passado para mais de 95,6 mil milhões de meticais, enquanto o passivo aumentou para 83,9 mil milhões de meticais.
Assim, o capital social da ENH, que conta mais de 200 trabalhadores, ascende a 749 milhões de meticais e está integralmente subscrito e realizado pelo Estado moçambicano, único accionista da empresa.
Criada em 1981, a ENH participa em todas as operações petrolíferas e nas respectivas fases das actividades de pesquisa, exploração, produção, refinação, transporte, armazenamento e comercialização de hidrocarbonetos e dos seus derivados, incluindo Gás Natural Liquefeito (LNG) e Gás para Líquidos (GTL), dentro e fora do País.
De acordo com informação da companhia, entre os seus “principais activos” contam-se participações nos contratos de concessão, das afiliadas nas operações petrolíferas, classificadas como “activos disponíveis para a venda”.