A BP Moçambique pretende vender à petrolífera estatal moçambicana Petromoc a quota de 50% que detém na empresa MIAFS criada por ambas para operações de armazenamento de combustível no aeroporto internacional de Maputo.
De acordo com o site mznews, que cita um aviso publicado hoje pela Autoridade Reguladora da Concorrência (ARC), a notificação da operação de “concentração de empresas” foi apresentada em 24 de Julho e está sujeita à avaliação pública nos próximos 15 dias.
Segundo a fonte acima citada, trata-se da confirmação da saída da BP do mercado moçambicano de combustíveis, depois de já em 2021 ter vendido o negócio de retalho à TotalEnergies.
Já este ano a ARC tinha anunciado que a BP Moçambique tinha acertado a venda à Puma Energy Moçambique dos activos do negócio de combustível para aviação, incluindo operações em sete aeroportos.
De acordo com a informação divulgada no início de Março último pela ARC, este negócio envolveria ainda a participação de 50% na Maputo International Airport Fuelling Services (MIAFS), uma ‘joint-venture’ com a Petróleos de Moçambique (Petromoc), para a concepção e construção de um depósito de combustível para aviação, gestão de um depósito de armazenamento de combustível e de equipamento de abastecimento a aviões, incluindo uma rede de hidratantes/bocas de combustível no Aeroporto Internacional de Maputo.
Agora, a ARC refere que o negócio da venda da quota de 50% da BP Moçambique na MIAFS será afinal feita à Petromoc, que passará “a deter a totalidade das quotas da empresa-alvo”.
“A BP Moçambique tem enveredado, nos últimos anos, pela venda dos seus ativos em Moçambique. Este facto está associado à decisão estratégica de sair progressivamente do mercado de fornecimento de combustível do país.
Para a materialização da estratégia, durante os anos de 2021 e 2022, a BP Moçambique endereçou convites a várias entidades para apresentação de propostas de compra dos ativos do negócio de combustível para aviação em Moçambique e da sua participação na Maputo International Airport Fuelling Services (MIAFS), tendo sido então escolhida a Puma como a mais bem posicionada para adquirir o negócio-alvo”, referia a ARC, numa nota de Abril passado, de não oposição ao primeiro negócio.