Damos ao cliente o domínio técnico e a continuidade

Com as economias em recessão no mundo devido à Pandemia, houve a necessidade de se virar os holofotes para a tecnologia, vista como a única forma de dinamizar os negócios ainda que o mundo estivesse literalmente parado. O consultor da Get Consulting, Artur Ferraz, fala da contribuição da sua empresa neste processo.
Como define a Get Training-Moçambique Academy Center na actual conjuntura do mercado moçambicano?
A GET Training é uma empresa, por um lado vocacionada para a formação e tem várias áreas de actuação, através das mais modernas tecnologias, dentre elas o e-learning que permite uma formação menos onerosa, genérica, mas que permite que as pessoas consigam desenvolver um conjunto de competências que de outra maneira muitas vezes não teriam acesso. E uma das grandes vantagens das novas tecnologias é a liberdade de acção que permite.  A GET Training tem um grande leque de cursos disponíveis nesta modalidade para pessoas que procuram desenvolver as suas competências de uma maneira transversal e a um custo mais simpático.  Temos também uma outra vertente que é a formação intraempresas, mais direccionada ao público em geral, em que tentamos que seja uma oferta mais abrangente possível. E depois temos uma oferta mais vocacionada para o ramo das empresas onde tentamos abordar a questão das necessidades que as empresas efectivamente têm. Nesta vertente, não trabalhamos só com cursos pré-feitos, mas tentamos ver quais são as necessidades que as organizações têm, nomeadamente em termos de competências humanas e relacionais. Por exemplo, como é que se pode desenvolver uma reunião, como se pode gerir melhor o tempo, mas tendo em atenção o trabalho que as pessoas efectivamente têm.  Como é que podemos agir através do teletrabalho? De que maneira podemos continuar a contactar com os colaboradores? E depois, há também que desenvolver competências técnicas mais voltadas para determinada área de acção. Temos também um grande leque de ofertas, quer do ponto de vista da gestão, da gestão de pessoas (descrição de funções, avaliação de desempenho, criação de fluxos de trabalho, definição de políticas de gestão de pessoas). Ou seja, no fundo, a ideia é estruturar as empresas para que possam conseguir trabalhar de forma mais clara. O nosso terceiro modelo de trabalho com as empresas tem a ver com o acompanhamento das estruturas de Recursos Humanos, para ajudar a procurar os melhores sistemas de gestão, a organizar as empresas do ponto de vista estrutural e permitir criar uma dinâmica de desenvolvimento de médio e longo prazos, a esse nível. E este é o modelo pelo qual somos muito procurados.
Qual é o core business da Get Training – Moçambique Academy Center?
O nosso core business são as pessoas. Lidamos com pessoas e o seu desenvolvimento, tentamos fazer um acompanhamento muito próximo das empresas, e procuramos ajudar as pessoas que estão na área de Recursos Humanos (RH) a levarem a cabo algumas acções.
Que análise comparativa faz do e-learning em Moçambique, antes e pós-COVID-19?
Isto está a acontecer em todo o mundo e não só em Moçambique. Podemos fazer esta análise comparativa porque a Get Training está em vários mercados. Há cada vez mais interesse porque há pessoas que não podiam frequentar a formação porque não tinham transporte, ou porque os horários não eram compatíveis e o e-learning permite fazer chegar a formação a mais pessoas, isto na perspectiva da formação transversal. Portanto, ela democratiza um bocadinho o conhecimento, é excelente porque permite que o conhecimento chegue a mais pessoas. É óbvio que tem de haver internet de qualidade, mas os nossos centros de formação permitem que as pessoas possam ter aulas online dentro das nossas salas. Acredito que estamos a avançar para ambientes híbridos em que o teletrabalho e o e-learning terão o seu espaço. O que se tem assistido em algumas organizações, e em várias latitudes, é que as pessoas não têm de estar fisicamente no escritório para desempenhar o seu trabalho.
Acredita que o e-learning pode vir a ser adoptado de forma efectiva em Moçambique, tendo em conta os aspectos culturais?
Nós só vamos conseguir ultrapassar esta questão com muita persistência. Eu diria que este não é um problema só de Moçambique. Por exemplo, nos EUA, durante a pandemia houve muita gente que desapareceu das aulas e não havia controlo. É bom conseguirmos relativizar esta questão e fazer parte deste processo. Nós não estávamos habituados a fazer isto e cá em Moçambique as questões culturais têm a sua força e isso é inevitável, mas são situações que estão a acontecer, de uma forma geral, em todo o lado.     
Quais são os desafios do e-learning num país em que há limitações em termos acesso à rede eléctrica e internet?
Essa é a grande questão. O nosso maior desafio são as infraestruturas e, felizmente, está-se a apostar muito nelas nos países africanos como Moçambique e Angola. Há, de facto, essa decisão e vontade de se generalizar esse tipo de ferramentas. Como forma de tentar minimizar a falta de infraestruturas, permitimos que as pessoas possam ir aos nossos centros de formação. É claro que joga a desfavor o aspecto da deslocação, mas temos as condições ideais para que as pessoas possam fazer a formação.
O home office tem-se tornado uma realidade imposta pelo actual cenário no mundo. Que desafios e oportunidades o mesmo trouxe para a vossa empresa?
Uma das coisas fundamentais foi permitir-nos trabalhar com as empresas oferecendo custos mais controlados para elas porque nos permite ter um conjunto de profissionais a trabalhar com proximidade em relação a empresas onde, antes da pandemia, ninguém colocava a a hipótese de se fazer essas sessões de formação ou de consultoria sem que fossem presenciais. Hoje, acompanho muito mais pessoas em mais países à distância graças à tecnologia, mas não sinto que não estou próximo delas, antes pelo contrário, estamos muito próximos. Temos a vantagem de ter instalações físicas em vários locais como Moçambique, Angola, entre outros,  que nos permitem garantir ao cliente a formação. Portanto, a tecnologia ajuda bastante nesse processo porque aproxima as pessoas. Por exemplo, na ausência de feiras, as empresas começaram a fazer mais reuniões virtuais, começaram a comunicar mais e criaram um outro tipo de rotina. Os desafios seriam termos que proporcionar novos serviços e isso foi para nós uma oportunidade porque veio trazer serviços mais personalizados. Mas o grande desafio foi o de vencer o desconforto das pessoas, pois muitas achavam que se a formação não fosse presencial, não seria a mesma coisa. Portanto, o desafio é conseguir que haja esta mudança de mentalidade, que as pessoas reconheçam a possibilidade e a vantagem na actividade virtual.
 De que forma as empresas devem preparar-se para este novo cenário?
Há aqui três grandes realidades. A ligação entre a tecnologia, os processos de trabalho e as competências das pessoas. É este triângulo que efectivamente vai trazer algo fundamental para trabalharmos. A tecnologia invariavelmente vai aumentar e isso vai obrigar com que as empresas tenham necessariamente processos de trabalhos diferentes e esses novos processos e inclusive o home office vão obrigar a que as pessoas tenham competências diferentes às que estavam habituadas. Este é o desafio e a pandemia só veio acelerar isto, pois essa evolução já estava a acontecer de forma lenta.
Qual é o vosso posicionamento no mercado moçambicano?
Uma das preocupações iniciais era estarmos enraizados no mercado. Agora é aumentar efectivamente a nossa quota de mercado através dos nossos produtos.

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