Transportes são a espinha dorsal do país

Falando em exclusivo à revista “Negócios”, Mesquita aspira que o sector que dirige ultrapasse, num futuro muito breve, o peso de 10 por cento na estrutura do Produto Interno Bruto (PIB) que actualmente tem. “Com os avultados investimentos que estamos a realizar na ampliação e modernização das infra-estruturas, os transportes têm um potencial enorme para desempenharem, com eficácia, o seu papel de espinha dorsal para o desenvolvimento económico e social do país”, considera.

São os transportes que ligam os centros de produção e de consumo, influenciando, de forma determinante, os preços dos produtos aos consumidores finais, bem como das matérias-primas. Os transportes ditam o acesso aos serviços básicos sociais como a saúde, educação e até mesmo a produtividade das empresas. Com o funcionamento deficiente dos transportes, a economia e a sociedade conhecem distorções e dificuldades de vária ordem.

Ciente desta responsabilidade, o sector está a implementar programas para dotar o país de um sistema de transportes integrado e eficiente. De acordo com Mesquita, as necessidades do sector são enormes e, por isso, foram traçadas prioridades. “Traçámos como aposta para o ano prestes a findar a melhoria do transporte público urbano; consolidação de operações do Corredor Logístico de Nacala; conclusão da construção da ponte ferroviária de Boane; dragagem dos portos de Maputo, Beira e Quelimane; implementação do processo de migração de radiodifusão analógica para digital; expansão da rede de telecomunicações; conclusão da reabilitação das pistas e áreas de manobras do Aeroporto Internacional de Maputo; reabilitação do Porto de Nacala; arranque da construção do aeroporto de Xai-Xai, entre outras realizações de impacto para o povo e para a economia nacional.