Petromoc vai reactivar tanques de armazenamento para gerir oscilações de preços

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A empresa Petróleos de Moçambique (Petromoc) tem em curso três projectos de reactivação de tanques de armazenamento de combustíveis em Cabo Delgado (Pemba), Nampula (Nacala) e província de Maputo (Matola), para gerir, por mais tempo, as oscilações de preços no mercado internacional.

De acordo com o Presidente do Conselho de Administração (PCA) da Petromoc, Hélder Chambisse, o tanque de Pemba mais do que duplicou a sua capacidade; o de Nacala está a ser modernizado; e os três tanques da Matola vão permitir o armazenamento de 140 milhões de litros de combustíveis.

“A Petromoc tem em curso três projectos, um que contempla o aumento da capacidade no terminal de Pemba. Contamos reinaugurar o terminal de Pemba no primeiro semestre do próximo ano. Mais do que duplicámos a capacidade, de sete mil para 17 mil (litros). Estamos a investir no terminal de Nacala, para modernizar o terminal em termos de processamento, manuseamento, recepção e entrega de combustível. E, depois, o mais importante é o investimento que estamos a fazer no terminal da Matola. Contamos fazer, a partir de finais deste ano, a reoperacionalização de três tanques que nós temos, que estão inoperacionais desde a década ‘80’. Só estes três tanques irão permitir repor 140 milhões de litros em termos de capacidade”, revelou.

Referiu, entretanto, que esse aumento de capacidade vai permitir que Moçambique seja um polo de reserva e trânsito de combustíveis para os países do interland, sem prejudicar o abastecimento interno.

“Permite, não só gerir o fornecimento ao mercado interno, mas também das empresas congéneres, essencialmente o trânsito de combustíveis para o interland, sem comprometer, obviamente, o mercado nacional. Esses três projectos vão permitir gerir essa quantidade de combustíveis sem gerir nenhum constrangimento do fornecimento local, e depois permitir, também, gerir a oscilação de preços”, considerou.

Recordou os desafios por quais Moçambique passou para manter estáveis os preços de combustíveis enquanto prevalecia a volatilidade de preços no mercado internacional. “Ainda assim, foi um marco importante garantir os produtos sem deixar que houvesse ruptura de stock.”

Ele disse que actualmente o foco da empresa é priorizar a expansão de infraestruturas de abastecimento, porque jogam um papel fundamental na gestão de reservas estratégicas de combustível no país.

Ele explicou que a Petromoc tem, essencialmente, os objectivos de assegurar a disponibilidade produtos petrolíferos ao mercado e rentabilizar as suas operações com a expansão de postos de abastecimento.

“Sendo uma empresa participada pelo Estado joga também um papel importante no que nós chamamos de objectivo geográfico. O Governo vem implementando o programa de incentivo geográfico, através do FUNAE (Fundo de Energia), que contempla a construção de postos de abastecimento em zonas remotas. Actualmente, a Petromoc fornece a 110 postos de abastecimento, no âmbito do incentivo geográfico do FUNAE. Ao longo o país, a Petromoc tem um total de 2020 postos de abastecimento de combustíveis”, notou.

As informações foram avançadas esta segunda-feira, durante uma entrevista à Televisão de Moçambique, em Ricatlha, Marracuene, onde decorre a 58ª edição da Feira Internacional de Maputo (FACIM).