Moçambique, um mercado onde a força está do lado do comprador

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O segundo Fórum Anual Bilíngue do sector Imobiliário, a realizar-se em 5 de Junho ajudará na tomada de decisões de investimento no emergente mercado imobiliário do país, afirmou o seu anfitrião Kfir Rusin.

 

“Nos últimos 12 meses, o mercado melhorou significativamente. Este ano vamos explorar como as empresas podem posicionar-se, neste que se espera que venha a tornar-se um dos mercados imobiliários de destaque em África nos próximos cinco anos”.

 

Como Director geral da African Property Investments (API) Eventos, a principal produtora no continente de conferências de networking focadas em oportunidades imobiliárias, a MozamReal irá destacar a melhoria nos indicadores de investimento a investidores nacionais, regionais e internacionais.

 

A visão otimista de Rusin é compartilhada por Manuel Vieira, presidente da Meridian32, um dos mais importantes provedores independentes de serviços imobiliários em Moçambique.

 

“Absolutamente, se tiver disponibilidade de capital para fazer uma aposta com vista a uma estratégia de saída de cinco a sete anos, Moçambique é o lugar para se estar e o momento é agora. ”

 

Como Manuel Vieira explica, “o recente aumento nas consultas de mercado é impulsionado pela expectativa do anúncio iminente das ‘Decisões Finais de Investimento’ tanto pela ExxonMobil como pela Anadarko”.

 

Na senda de sucesso do MozamReal em 2018, a edição deste ano está a atrair uma atenção significativa de investidores e promotores nacionais e regionais com o potencial de ser um dos eventos de maior destaque em África em 2019, diz Rusin.

 

“No ano passado, o mercado foi difícil para muitos, mas o número de marcas nacionais e internacionais em parceria connosco é evidência de uma melhoria no sentimento, impulsionado pelos projetos de GNL e investimento no mercado por grandes fundos e Bancos.”

 

Manuel Vieira confirma, “As expectativas são de que logo após o anúncio das decisões de investimento, a atividade económica entre numa curva de crescimento acentuada”.

 

E enquanto os investidores e promotores circulam e se posicionam para o crescimento, o mercado ainda tem preços atraentes para investidores, comenta Manuel Vieira.

 

“É um mercado feito para compradores. Os preços continuam em baixo em todos os segmentos. ”Apesar do seu otimismo, Manuel Vieira alerta à prudência e para a compreensão dos fundamentos do mercado Moçambicano.

 

“As decisões vão ter de ser tomadas no momento certo. Assim que as Decisões Finais de Investimento forem anunciadas, esperamos um aumento de 20% a 30% em todos os segmentos. E esperamos que essa curva, ao longo de um período um pouco mais longo, ultrapasse os 100% no mercado habitacional”.

 

Acresce, “inicialmente, esperamos que o impulso se reflita nos segmentos de Escritórios e Residencial. O Retalho virá com um atraso de 24 meses até que o consumo privado e os níveis de rendimento disponível das famílias aumentem novamente. A Logística terá um investimento significativo, mas será principalmente localizada longe das províncias do sul, uma vez que estas infraestruturas serão erguidas ao lado dos projetos extrativos e do gás.

 

Nacala, Pemba e Palma serão áreas de investimento, impulsionadas pelas operações das indústrias extrativas e pelos serviços logísticos localizados nesses portos.”

 

Enquanto que nestes locais os horizontes temporais são de médio e longo prazo, Manuel Vieira prevê que Maputo será o destino mais atraente. “A cidade de Maputo, devido à sua natureza como capital, será sempre o maior beneficiário do investimento imobiliário.”

 

À medida que as motivações de investimento em Moçambique aumentam nos diversos sectores e geografias, Rusin espera que o fórum este ano volte a testemunhar o anúncio de novos negócios naquele que se tornou o evento definitivo, bilíngue da indústria para investidores imobiliários em Moçambique.

 

“Temos recebido muitas manifestações de interesse de investidores da comunidade internacional e acreditamos que veremos um número significativo de iniciativas entre empresas nacionais e internacionais no Mozamreal.”

 

Esta, é igualmente, uma opinião que Manuel Vieira partilha. “Os benefícios do MozamReal são muitos. Desde a partilha de experiências, dando-nos a capacidade de comparar o que fazemos

 

em Moçambique na área imobiliária, a criar oportunidades para parcerias entre investidores nacionais e estrangeiros e profissionais, a revisitar amigos.”