O Mozambique Fashion Week, o maior evento de moda em Moçambique e um dos maiores em África, dará início este ano a uma nova era, adaptada às mudanças globais e resiliente às adversidades existentes e as que ainda estão por vir.
A decorrer de 09 a 12 de Dezembro de 2020, na cidade de Maputo, o MFW aparece com uma nova roupagem numa lógica digital, sem no entanto descurar a sua essência analógica, apresentando-se como um ecossistema sustentável para talentos criativos e marcas moçambicanas, permitindo que prosperem na comunidade global.
Os dias 9 e 10 serão dedicados aos Young Designers, num alinhamento composto pelas marcas e estilistas Sibelle Tomo; Jay The Seeress; Nércia Chande; Galleno; Silvia Fashion Designer, Candy Munguambe; Chandaliar; Emília Alina, Mabenna, Xibonecana, Zaveta Del Art e Adecoal Wear, Marrabentas, Angel Design, Ricardina Adelino, Uzuri Creations e Baco Baco, respectivamente.
O dia 11 de Dezembro será dedicado à arte, com as apresentações sob o lema “Africanicidade” e “Malangatana”.
O último dia (12) a passarela acolherá apresentações de renomados estilistas e já conceituados na moda nacional, Isis Bruno, Nivaldo Thierry e Omar Adelino.
Devido às restrições impostas pela pandemia da Covid-19, o acesso aos desfiles será somente por convite, sendo que o público poderá assistir apenas ao desfile a que for convidado.
Entretanto, os amantes da moda poderão acompanhar o melhor da Moda Moçambicana, através das plataformas digitais do MFW.
Para Vasco Rocha, Director Executivo da DDB Moçambique, agência que organiza o evento, o MFW consolidou-se como um factor de desenvolvimento, considerando o envolvimento de vários sectores de actividade na organização do evento.
“Envolvemos vários jovens, cadeia de hotéis, turismo e ainda os artistas que vêm de fora como embaixadores de Moçambique no exterior”, afirmou.
Música, artes plásticas e gastronomia são subsectores da economia que se vão evidenciar com mas força nesta nova era, que mantém o compromisso com causas sociais. Aliá, o MFW é hoje reconhecido como pioneiro na consciencialização do cancro da mama e dos direitos LGBT.
O MFW é igualmente um acérrimo combatente contra os casamentos precoces, violência doméstica, cancro de pele e exploração infantil.
Volvidos 16 anos desde a criação do MFW em 2004, o Evento tem hoje um enorme orgulho por ter contribuído para o surgimento de uma indústria de moda, formando, lançando e promovendo várias marcas e estilistas que hoje são uma referência na moda nacional e internacional, designadamente: Taibo Bacar, Shaazia Adam, Nivaldo Thierry, Omar Adelino, entre outros.
“Entre 30 a 40 estilistas moçambicanos já fizeram mostras no estrangeiro e participaram em formações pelas mãos do MFW”, recordou Rocha.