Margem de refinação da Galp caiu 62% no segundo trimestre

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A margem de refinação da Galp caiu 62% no segundo trimestre em termos homólogos, enquanto a produção de petróleo baixou 2% no mesmo período, foi esta segunda-feira comunicado ao mercado pela energética.

De acordo com o ‘trading update’ enviado ontem à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a margem de refinação por barril entre abril e junho de 2023 foi de 7,7 dólares, contra 20,1 dólares no mesmo período de 2022 e 14,3 nos três meses anteriores.

Por sua vez, as matérias-primas processadas recuaram 5% ao ano, mas avançaram 11% cadeia, para o equivalente a 21,7 milhões de barris de petróleo, segundo escreve a agência Lusa.

De acordo com a Galp citada pela Lusa, o aumento em cadeia das matérias-primas processadas “reflete o regresso das condições normalizadas de operação, depois das atividades de manutenção planeadas”.

Segundo a fonte que temos vindo a citar, no segundo trimestre do ano, a produção de petróleo da Galp foi de 117,1 mil barris por dia, abaixo dos 119,0 mil barris diários do mesmo período de 2022 e dos 120,3 mil barris nos primeiros três meses do ano.

A operação no Brasil caiu 3% em cadeia, face a um aumento das atividades de manutenção no período em análise. Com o fim do trimestre, cessou também o imposto sobre a exportação de petróleo bruto no Brasil, que terá tido “um impacto estimado próximo dos 50 milhões de euros durante o período”.

As vendas da Galp baixaram 6% em termos homólogos, mas subiram 3% em cadeia, para 1,8 megatoneladas, no segmento dos produtos petrolíferos e caíram 34% face ao segundo trimestre de 2022 e 12% em cadeia no gás natural, para 3.282 gigawatt-hora (GWh).

Em termos de vendas de eletricidade a clientes, houve um recuo de 17% ao ano, para 899 euros, numa diminuição de 4% em cadeia. A petrolífera atribui as variações nas vendas de produtos petrolíferos à recuperação no segmento B2B (‘business to business’) na península ibérica e em África.

Já as variações no gás natural e na eletricidade “refletem principalmente uma diminuição da procura e dos volumes vendidos no segmento B2B”. A capacidade instalada da Galp nas renováveis manteve-se em relação ao trimestre anterior, nos 1,4 GW, mas a geração cresceu 50% “graças a uma maior irradiação”.

O ‘trading update’ hoje divulgado antecipa a publicação dos resultados da Galp no segundo trimestre, prevista 31 de Julho. Cerca das 13:20, as ações da Galp na bolsa de Lisboa eram as que mais cresciam entre as 16 cotadas no principal indicador, valorizando-se acima dos 2,00%.