Lançadas linhas de financiamento para relançamento de empresas em Cabo Delgado

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No âmbito do Plano de Reconstrução de Cabo Delgado, o Ministério da Indústria e Comércio, através do Instituto para a Promoção das Pequenas e Médias Empresas em parceria com a Agência de Desenvolvimento do Norte (ADIN) e o Conselho Empresarial de Cabo Delgado, lançou sexta-feira o Sector Privado Programa de Relançamento de Linhas de Financiamento (PRSPIII) na cidade de Pemba.
Em comunicado disponibilizado à Carta, refere-se que, com este programa, o Governo visa essencialmente disponibilizar recursos financeiros às instituições de microcrédito locais para financiar e apoiar as micro, pequenas e médias empresas (PME) com crédito bonificado. linhas, para a recuperação da actividade económica e relançamento das empresas comerciais rurais nos distritos afectados pelos ataques terroristas.
Estas linhas de crédito poderão trazer alívio a dezenas de empresas afetadas pelo terrorismo em Cabo Delgado.
O evento de lançamento, que consistiu na apresentação do Modelo Operacional do Programa e na entrega simbólica de cheques aos beneficiários, foi liderado pelo Ministro da Indústria e Comércio, Carlos Mesquita. O evento contou com a presença do Secretário de Estado, António Njanje, do Governador Valige Tauabo e Taimo Supeia, presidente da Agência de Desenvolvimento do Norte (ADIN), ao lado de membros do Conselho Empresarial da Província de Cabo Delgado (CEP), funcionários do Ministério da Indústria e Comércio, entre outros convidados.
A agenda do ministro Mesquita incluiu visitas aos distritos de Chiúre e Metuge, onde estabeleceu contactos com agentes económicos locais, bem como visitas a várias fábricas, com destaque para uma unidade de produção de álcool e outra de cimento.
Um mês após o atentado de 24 de Março à vila de Palma, a Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) reportou o desaparecimento de 410 empresas e 56.000 postos de trabalho, e um impacto financeiro preliminar de cerca de 148,11 milhões de dólares, abrangendo destruição, atrasos de pagamento e mercadorias em trânsito sem garantia de entrega à Total, que lidera o projeto de gás natural na Área 1 da Bacia do Rovuma.