O mercado industrial conta com uma nova tecnologia que vai reduzir o custo de manutenção e aumentar a produtividade dos activos industriais. Denominado Neuron, a mesma foi lançada recentemente pela empresa brasileira Icro Group, que também opera em Moçambique, concretamente na Vulcan (antiga Vale) em Tete e em Nampula na Nacala Logistics.
Trata-se de uma tecnologia inédita e única sob ponto de vista de concepção e que traz consigo inteligência e autonomia para as máquinas industriais, permitindo que tais activos tomem decisões preventivas antes que as falhas aconteçam.
Aliás, com a nova tecnologia é fácil determinar o melhor momento para as máquinas interromperem seu funcionamento para manutenção, antecipando-se às quebras repentinas que tanto prejudicam os processos produtivos de todos os segmentos industriais.
Única à escala global, a tecnologia chega ao mercado industrial, visando suprir a necessidade do sector, por inovações que gerem maior produtividade e rentabilidade na operação.
Fruto da combinação de tecnologias de última geração, tais como o Blockchain, Internet Industrial das Coisas, Inteligência Artificial, Machine Learning, Deep Learning, Realidade Aumentada e Realidade Virtual, o Neuron vai revolucionar o mercado industrial, reduzir o tempo de inatividade das máquinas por manutenção, os estoques de peças, os desperdícios de tempo e de mão-de-obra, aumentando o ciclo de vida dos equipamentos, sua disponibilidade e produtividade.
De acordo com o director de Desenvolvimento, Estratégia e Inovação da Icro Group, Armando Marsarioli, a utilização do Blockchain combinado a outras tecnologias inteligentes, confere ao Neuron o seu maior diferencial, que o conecta a actividades preditivas e prognósticas de manutenção, produção, fornecedores de peças e serviços, diminuindo o tempo de programação da parada, de execução da reparação e montagem do equipamento de volta à linha de operação.
Totalmente alinhado aos preceitos da Indústria 4.0, o Neuron leva inteligência e autonomocidade para as máquinas industriais, capazes de tomar e seguir as próprias decisões, como, por exemplo, quais as peças a serem trocadas e os procedimentos técnicos e de segurança adequados à cada intervenção. Tudo, sem intervenção humana.
E mais, o próprio activo escolhe, dentre os profissionais da equipe, quem são aqueles que estão capacitados para os procedimentos e solicita, de forma autônoma, aos fornecedores homologados, as peças necessárias para a realização do reparo agendado, como também seleciona os fornecedores de serviços terceirizados.
É da salientar que os estudos do Neuron foram iniciados em 2016, fruto de pesquisas realizadas por Marsarioli, junto ao CENPRO – Centro de Pesquisa em Engenharia de Produção da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), onde desenvolveu interesse pela utilização do Blockchain juntamente aos conceitos da Manutenção 4.0.
“É por demais gratificante anunciar que a primeira versão do Neuron está 100% desenvolvida e com certeza será um grande aliado para as indústrias de todos os segmentos econômicos, tanto no território nacional, quanto internacional”, explica o director.