Governo estima que foram criados quase 63 mil empregos no primeiro trimestre

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O Governo estima que foram criados quase 63 mil empregos no país no primeiro trimestre deste ano, acima do esperado, mas apenas 16% do total estimado para 2023.

De acordo com o balanço económico e social da execução do Orçamento do Estado (OE), consultado esta terça-feira pela agência Lusa, de Janeiro a Março os sectores público e privado geraram 62 799 empregos, acima dos 58 822 inicialmente estimados pelo Governo para o primeiro trimestre.

Contudo, este desempenho fica abaixo da progressão esperada para este ano – que o Governo espera fechar com a criação de 381 759 postos de trabalho -, enquanto a projecção para 2024 aponta para mais de 2,9 milhões de novos empregos criados em ambos os sectores.

Em 2022, segundo os dados oficiais do Governo, foram criados em Moçambique 371 388 empregos, acima dos 288 981 de 2021 e dos 253 542 em 2020, mas abaixo do realizado em 2019, antes da crise provocada pela pandemia do covid-19 e, posteriormente, pelos ataques terroristas a norte, quando Moçambique criou 478 904 empregos num ano.

A Administração Pública contribuiu para a criação de emprego de Janeiro a Março deste ano com 2046 postos de trabalho e o sector privado com 41 613. O documento refere também a intervenção do sector público na criação de condições para mais 6914 empregos, a contratação de 5210 trabalhadores estrangeiros e de mais 1016 para trabalho no exterior, em minas, fazendas e outros locais.

“Destaca-se ainda a promoção de 1429 estágios profissionais, de um plano de 1245 para o período em análise, o correspondente a uma realização de 115%”, aponta igualmente o documento.

Por sua vez, no sector do Trabalho e Segurança Social, de Janeiro a Março registou-se a inscrição de 3650 novos contribuintes, bem como de 28 034 trabalhadores por conta de outrem e 764 por conta própria, e a inspecção realizada a 1307 estabelecimentos comerciais abrangendo 10 319 trabalhadores, aponta o relatório.

O Produto Interno Bruto (PIB) moçambicano cresceu 4,67% no segundo trimestre, impulsionado pelo crescimento no sector primário, segundo o relatório das Contas Nacionais divulgado este mês pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Este desempenho soma-se aos 4,17% registados de Janeiro a Março, igualmente em termos homólogos, resultando num crescimento económico acumulado no primeiro semestre de 4,42%, de acordo com o INE.