Fundação SPROWT lança programa Breakfast Live, visando o diálogo e partilha de experiências de vida dos convidados

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A Fundação SPROWT, uma organização sem fins lucrativos, vocacionada à promoção da igualdade de género, da educação de qualidade e do desenvolvimento de Moçambique, através da valorização da mulher, da criança e das organizações lançou recentemente o programa Breakfast Live.

Trata-se de um evento executivo que se baseia na realização de um pequeno-almoço tendo como propósito o diálogo e partilha de experiências de vida dos convidados.

A sua actividade está estritamente alinhada aos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável definidos na Agenda 2030 da ONU sob lema “Transformar o Nosso Mundo”, especificamente na promoção de educação de qualidade (ODS4), igualdade de género (ODS5), trabalho digno e crescimento económico (ODS8), desenvolvimento industrial, inovação e infraestruturas (ODS9) e o estabelecimento de parcerias (ODS17) para a implementação dos objectivos.

O Breakfast Live promovido pela PIONEER Leadership Network for Women in Africa em parceria com o Standard Bank, contou com a presença de individualidades, líderes de Organizações públicas e privadas, ONGs, Embaixadas. Pretende desmistificar-se o carácter social e pessoal de individualidades e líderes das empresas e organizações da nossa sociedade, realçando as suas qualidades como seres humanos.

A Fundação SPROWT trouxe como convidada a Presidente da Assembleia da República, Esperança Bias, com quem estabeleceu uma conversa, num ambiente menos formal e de âmbito social, cujo foco foi a partilha da sua experiência de vida enquanto mulher e o percurso da sua carreira (política) até à liderança. “É preciso valorizar o conhecimento dos outros, porque ninguém sabe tudo, e gostar daquilo que se faz. Nós as mulheres temos que acreditar em nós mesmas. Depois temos que fazer os homens compreenderem que não somos concorrentes, mas complementamo-nos e a partir dessa altura as coisas ficam mais fáceis”, disse Esperança Bias.

Esperança Bias acredita que as gerações vindouras estarão mais bem posicionadas para aceitar e concretizar a equidade de género, valorizando, antes de tudo, as competências de cada ser humano.

“Penso que haverá um equilíbrio. Mas antes, a mulher tem de assumir que está na liderança porque tem competência para tal. E mais do que um grau académico, é necessário dominar a área em que actua porque, se num meio corporativo, uma mulher doutorada tem menos competências profissionais que um homem licenciado, este homem é mais elegível para a posição de liderança em relação à mulher e o inverso também é válido. Nesta questão de empoderamento é necessário empoderar aos dois. É importante que se incentive que todos tenham as mesmas oportunidades de formação e de convivência social”, referiu.

A representante da Fundação SPROWT referiu que a Associação do lado pessoal, desta figura pública, às individualidades/líderes presentes visa reforçar a sua proximidade com a sociedade, mostrando que, Liderança é um atributo que ultrapassa toda a diferença, de género, de etnia, entre outras.

“Cada um de nós tem um valor inato e único. O contributo de tempo e conhecimento dos líderes da nossa sociedade e a partilha das suas experiências são fundamentais para uma sociedade mais inclusiva. Por isso traçámos a nossa missão, que é: Fazer parte de um mundo que valoriza cada indivíduo, acolhe a sua diversidade e a inclusão e promove o crescimento humano”, referiu.

Uma das participantes do evento, Erica Noormahomed, chefe do Enterprise Direct do Standard Bank, enalteceu a iniciativa e considerou que a mesma está alinhada com a visão do Banco de empoderar a mulher.

“O Standard Bank tem tido uma participação cada vez mais activa em iniciativas, projectos e programas de equidade de género e empoderamento da mulher. A título de exemplo, temos as iniciativas HEForShe, ELAS e DIVAS, através das quais criámos uma rede de conhecimento e partilha de experiências entre as mulheres”.