As vendas de bens realizadas pela economia moçambicana para o resto do mundo no primeiro trimestre deste ano renderam ao país 1,7 mil milhões de dólares, um incremento de 4,4 milhões de dólares quando comparado a igual período de 2022.
Os dados constam no boletim trimestral da balança de pagamentos, divulgado esta quarta-feira, 2 de Agosto, pelo Banco de Moçambique (BM), e que é citado pelo diário económico.
A evolução positiva registada nas receitas de exportação, segundo o relatório, é justificada, essencialmente, pelo crescimento das vendas dos produtos exportados pelos Grandes Projectos (GP), com ênfase para o sector da indústria extractiva (gás natural, areias pesadas e rubis, safiras e esmeraldas), com um aumento de 280,1 milhões de dólares, enquanto os outros sectores da economia, nomeadamente a indústria transformadora (alumínio) e energia, registaram decréscimos nas vendas em 140,7 milhões de dólares e 8,8 milhões de dólares, respectivamente.
“Excluindo os GP, os produtos agrícolas arrecadaram para o País receitas de 103,9 milhões de dólares (menos 28,7 milhões de dólares face ao período homólogo de 2022), salientando-se os legumes e hortícolas, tabaco, algodão, açúcar e banana”, refere o documento do BM.
No geral, de acordo com o boletim, a queda dos preços no mercado internacional afectou o comportamento das receitas dos principais produtos dos GP, no primeiro trimestre de 2023. Assim, “o gás natural rendeu ao País 341 milhões de dólares (251,9 milhões de dólares a mais face ao período homólogo de 2022), explicados, essencialmente, pelo incremento do volume exportado em 70,1%, visto que o preço internacional reduziu 46,2%”.
No mesmo sentido, as areias pesadas arrecadaram 120,1 milhões de dólares de receitas, contra os 117,5 milhões de dólares registados em igual período de 2022, facto que se deveu, principalmente, ao acréscimo de 11% do volume exportado, enquanto o preço baixou 9%.
Por sua vez, as receitas provenientes da exportação de alumínio, carvão mineral e energia eléctrica decresceram 35,5%, 14,8%, e 6,2%, respectivamente, devido também ao efeito combinado da queda dos preços e dos volumes exportados.
“No alumínio, a redução do volume é consequência da baixa de produção influenciada, por sua vez, pela avaria registada nos equipamentos da principal empresa [Mozal], enquanto o preço médio no mercado internacional caiu 26,1%”, detalha o documento, acrescentando que no caso do carvão mineral, o decréscimo deveu-se ao efeito combinado da descida do preço no mercado internacional e do volume exportado, em 19,2% e 10,7%, respectivamente”.
O relatório do BM aponta, igualmente, que, excluindo os GP, os ganhos com a venda de produtos da economia moçambicana para o exterior decresceram em 5,1%, tendo-se fixado em 389,4 milhões de dólares, com destaque para os produtos agrícolas que reduziram 21,7%, salientando as vendas dos legumes e da banana que registaram um decréscimo de 41,4% e 35,9%, tendo-se fixado em 22,1 milhões de dólares e 8,2 milhões de dólares, respectivamente, como resultado da queda do volume exportado.
Durante o período em análise, a Índia ocupou a primeira posição como principal destino das exportações, com um volume de 288,8 milhões de dólares que corresponde a um peso de 17% no total das exportações, destacando-se o carvão mineral, castanha de caju, legumes de vagem secos ou em grão. Do resto, seguem a África do Sul e o Reino Unido, com 256,6 milhões de dólares e 137,4 milhões de dólares, respectivamente.
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