A demora na mobilização do equipamento e as chuvas que caem na zona centro de Moçambique ditaram o atraso no início do primeiro furo para a pesquisa de hidrocarbonetos em terra no bloco de Búzi, na província de Sofala, disse Carlos Zacarias, presidente do Instituto Nacional de Petróleo.
O dirigente disse ainda que a abertura do primeiro furo esteve inicialmente marcada para o final do ano passado, numa operação liderada pela empresa indonésia Buzi Hydrocarbons Pte Ltd, em parceria com a estatal moçambicana Empresa Nacional de Hidrocarbonetos.
Garantiu, no entanto, que a maior parte do equipamento já se encontra no Búzi, não obstante as difíceis condições de transitabilidade no troço Beira/Búzi, sendo possível que os trabalhos de perfuração possam iniciar-se nos próximos dias.
O bloco de Búzi está localizado ao longo da bacia sedimentar de Moçambique, uma das regiões menos exploradas até ao momento do ponto de vista de conhecimento do seu potencial em hidrocarbonetos.
A única exploração comercial de gás natural naquela bacia está a ser feita pelo grupo sul-africano Sasol, nomeadamente nos jazigos de Pande e Temane, na província meridional de Inhambane, que exporta a maior parte da produção para a África do Sul.
O bloco de Búzi já foi alvo de pesquisas no passado, que culminaram com a descoberta de reservas de gás natural na década de 60 do século passado, mas a quantidade encontrada foi considerada insuficiente para fazer uma exploração comercial viável.
A Buzi Hydrocarbons Pte Ltd. é uma subsidiária do grupo Energi Mega Persada Tbk PT da Indonésia, detendo uma participação de 75% dos direitos do bloco do Búzi.