No âmbito do Programa Nacional Industrializar Moçambique (PRONAIMO), o Absa Bank Moçambique vai ajudar a desenvolver cadeias de valor de produtos de exportação, através do financiamento a produção comercial e indústria de processamento de macadâmia, abacate, líchia, feijões e produtos agroflorestais.
Para o efeito, o Banco perspectiva investir no desenvolvimento de linhas de crédito para agroindústrias, com foco nas PME.
Falando na primeira edição da Mesa Redonda de Negócios e Investimentos de Manica entre Moçambique e Reino Unido, o Director da Banca Agrícola do Absa Bank Moçambique, Marcelino Botão, disse que a industrialização do meio rural depende de um forte investimento em tecnologias de produção e agro-processamento.
“Precisamos de investir na mecanização agrícola, em sistemas de irrigação, infraestruturas de conservação e armazenamento, como silos e armazéns especializados, e agroindústrias. Na mesma senda, temos listadas como prioritárias a construção de infraestruturas e sistemas de gestão de logística, com a criação de uma rede de distribuição e implantação de uma cadeia de frio de hortícolas e frutas”, disse o gestor.
Acrescentou a necessidade de investimentos na modernização, através da massificação do uso de internet e banca electrónica, bem como os meios de pagamento relacionados, além do estabelecimento de parcerias com entidades que ofereçam soluções de partilha de risco, incluindo o seguro agrícola.
“Isto vai facilitar o desenvolvimento de cadeias de valor agrárias para exportação e substituição de importações de produtos como soja, milho, arroz, trigo, frango, carne bovina, frutas e hortícolas”, afirmou.
Por seu turno, a Alta Comissária do Reino Unido para Moçambique, Sua Excelência NneNne Iwuji, sublinhou que as potencialidades de Manica abrem espaço para acções de fortalecimento da economia e garantiu que o seu país vai continuar a identificar mais oportunidades para investimento na província e em Moçambique, numa perspectiva de longo prazo.
“Se a agricultura é a principal fonte de rendimento para as nossas comunidades, a capacidade de transformar esta produção em produtos mais valiosos para exportação é um passo crucial. E o Reino Unido possui os conhecimentos, as tecnologias necessárias e a vontade de trabalhar com Moçambique no sentido de fazer crescer ainda mais este sector”, disse.
Empresas privadas, britânicas, já tem um impacto positivo em Manica, trabalhando com mais de 250,000 (Duzentos e cinquenta mil) pequenos agricultores totalizando mais de £200 (Duzentos) milhões em investimentos e 400,000 (Quatrocentos mil) pequenos agricultores impactados em todo o país.